Sojicultura

Clima chuvoso atrapalha o plantio da soja no Estado

Na região Sul, que tem período de semeadura até janeiro expectativa é de que sejam semeados mais de 535 mil hectares

Foto: Luciano Ossanes - Emater Pelotas - Com tempo firme, alguns municípios tiveram evolução nas suas áreas

As condições climáticas, predominantemente chuvosas, na maior parte do período e em grande parte do Estado, prejudicaram o avanço do cultivo da soja, com suspensão ou avanço inexpressivo da semeadura em algumas regiões, resultando em área semeada em torno de 25% no Estado. Na Região Sul, ocorreram volumes menores de chuvas, o que possibilitou progresso mais significativo. Segundo o extensionista da Emater Regional, engenheiro agrônomo Evair Ehlert, o plantio na região também está atrasado se comparado com o mesmo período da safra anterior.

“Se mantém as mesmas expectativas de área a ser semeada, com plantio do que for possível até o final deste mês e todo o mês de dezembro”. Na região, conforme zoneamento agroclimático, a semeadura da soja deve ser feita no período entre 1º de outubro de 2023 a 18 de janeiro de 2024. Nos 22 municípios da região sul, a estimativa, segundo a Emater, é de semear 535.908 hectares, com uma produção esperada de mais de 1,5 milhões de toneladas.

As áreas das futuras lavouras já estão sem a presença dos bovinos de corte e ovinos permitindo as dessecações pré-semeadura. Na região de Pelotas, a semeadura avançou em municípios onde as precipitações, foram de baixo acumulado, como Pinheiro Machado, Piratini, Arroio Grande e Pedras Altas.

Após 15 de novembro, as condições ambientais possibilitaram avanço expressivo nos plantios, e a área semeada evoluiu de 16% para 33%. Em Turuçu e São Lourenço do Sul, os volumes maiores acumulados impediram a operação. De modo geral, as lavouras mais atrasadas de plantio, especialmente em áreas planas, enfrentam dificuldades no escoamento das águas e apresentam umidade em excesso. No entanto, as lavouras já emergidas apresentam bom estande de plantas e desenvolvimento vegetativo dentro das expectativas. Não há ocorrência significativa de pragas nem doenças, e as plantas invasoras estão controladas.

No Norte do Estado, onde incidiram intensas chuvas, houve considerável escorrimento superficial do solo nas lavouras, provocando erosão e formação de sulcos e voçorocas em parte daquelas recém-semeadas, resultando em compactação nos sulcos de semeadura, além de carreamento de sementes e fertilizantes.

Os sojicultores seguiram com as atividades de semeadura nos Municípios pelo menos até quarta-feira dia 22 de novembro de 2023, quando aconteceram chuvas generalizadas na região toda, obrigando a paralização dos plantios a partir deste dia. A melhora significativa do clima, com dias ensolarados e temperaturas em elevação permitiu o enxugamento mais imediato da umidade dos solos. Nas coxilhas foi possível a retomada dos plantios desde a última sexta-feira, com umidade ideal nos solos e a boa trafegabilidade nas máquinas nas lavouras. As áreas mais atrasadas de plantio são as lavouras localizadas em locais planos, devido às dificuldades no escoamento das águas e umidade em excesso.

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